Os animais do seu rebanho estão adequados ao seu sistema de produção e objetivos de seleção?

•08/12/2009 • Deixe um comentário

A definição do objetivo de seleção consiste num dos principais passos para a condução de programas de melhoramento. Progressos genéticos na direção desejada só podem ser efetivamente obtidos se os objetivos de seleção forem claramente definidos. Muitos programas de melhoramento são penalizados por não apresentarem objetivos definidos ou por apresentarem objetivos inadequados ao sistema de produção.

A decisão sobre quais animais selecionar muitas vezes é influenciada pela atenção a características não relacionadas aos objetivos, ou (o que seria pior) a características formalmente definidas mas que geram respostas correlacionadas indesejáveis ao processo de seleção. Um fator agravante é que os resultados dos programas de melhoramento são obervados alguns anos após as decisões terem sido tomadas.

Exemplos de objetivos específicos em programas de melhoramento de bovinos de corte são: reduzir a idade ao abate; melhorar o rendimento e o acabamento de carcaça dos animais; aumentar a eficiência (re)produtiva das fêmeas, sem aumentar suas exigências nutricionais/custo de mantença; entre outros. Tais objetivos específicos geralmente estão associados a objetivos mais gerais como a redução do ciclo de produção, o aumento da taxa de desfrute ou uma maior lucratividade por área e ciclo de produção.

A busca destes objetivos não necessariamente requer maior intensificação ou aumento dos custos de produção. É possível alcançá-los em condições em que há restrições, tanto ambiental quanto orçamentária, desde que se trabalhe com animais de biotipo adequado e bem adaptados ao sistema de produção.

Em muitos casos, a definição de uma composição genotípica “ideal” para determinado sistema não é suficiente, pois mesmo dentro da raça pode haver uma variação substancial quanto às características de interesse econômico. Na raça Nelore, por exemplo, a variabilidade existente é marcante, e não existe um único biotipo adequado para todos os sistemas de produção.

Assim cabe a nós, profissionais melhoristas, definir o  intercâbio  adequado entre manejo e ambiente para cada tipo de produção.

Fonte: http://www.beefpoint.com.br/?noticiaID=57249&actA=7&areaID=60&secaoID=170

Características afetadas por Interações Sociais

•12/11/2009 • 2 Comentários

Características afetadas por interações sociais são aquelas em que o fenótipo ou desempenho do indivíduo sofre influência não apenas de seu genótipo e das condições ambientais em que foi criado, mas também do fenótipo dos animais criados no mesmo grupo.

Exemplos destas características parecem ser mais comuns para animais criados em sistemas intensivos. Ellen et al. (2008) observaram efeito de interação social sobre a taxa de mortalidade devida ao canibalismo em poedeiras comerciais. Frank et al. (1997), citado por Bijma (2009), observaram que leitões criados individualmente ou em grupo de 4 animais apresentaram maior ganho de peso do que aqueles criados em grupos com 8, 16 ou 32 animais. Em bovinos de corte, Van Vleck et al. (2007) observaram efeito social sobre o ganho de peso de animais Hereford confinados.

A tentativa de modelar os efeitos sociais considerando-os como simples efeitos ambientais ou como interação genótipo-ambiente tem se mostrado ineficiente. Para contornar este problema, modelos alternativos, como o de Bijma et al. (2007) representado no esquema a seguir, tem sido propostos na literatura.

Figura 1. Modelo de Interação Social (adaptado de Bijma 2009)

Neste exemplo de 4 animais criados num mesmo grupo, o fenótipo de cada animal é o resultado do efeito direto do seu próprio fenótipo (PD,i) mais a somatória dos efeitos sociais (PS,j) que os outros 3 animais exercem sobre o indivíduo em questão.

Cada um dos efeitos direto e social ainda pode ser decomposto nos componentes genético aditivo e ambiental (PD=AD+ED ; PS=AS+ES). Dessa forma, o valor genético aditivo total de um indivíduo (TBVi) é uma função dos seus valores aditivos direto e social (TBVi=AD,i+(n-1)AS,i).

Modelos incluindo efeitos maternos (Willham, 1963) podem ser interpretados como um caso especial deste modelo, sendo o desempenho do bezerro afetado pelos efeitos diretos (AD=aditivo direto; ED=ambiente direto) e pelo “efeito social” da mãe (AS=aditivo materno; ES=ambiente permanente).

Segundo Bijma (2009), um dos importantes pesquisadores da área de modelos de interação social, ainda há informação limitada na literatura para avaliar apropriadamente quão importantes e herdáveis são os efeitos sociais. Um dos entraves é a adequação dos conjuntos de dados para uma investigação adequada. Para estimar os efeitos sociais, há necessidade de um grande volume de dados com animais criados em grupos de tamanhos não muito variáveis, e de existência de laços genéticos (parentesco) entre e dentro dos grupos.

O assunto tem ganho notória repercussão na área de evolução de populações naturais (Bijma & Wade, 2008).

Fonte: http://www.farmpoint.com.br/?noticiaID=54456&actA=7&areaID=3&secaoID=24

O BOi Mais Caro do Mundo

•28/10/2009 • 4 Comentários

Olá amigos sei que é um blog de melhoramento, mas é muito interessante esse “achado” na net sobre  dois mundos tão diferentes do extremamente melhorado Wagyu e os pobres de Alagoas. Nada como uma forcinha politica…

boi_caro

O boi Wagyu, que produz a carne mais cara do mundo se encontrou com um dos bois do senador Renan Calheiros.
– Bom dia, meu bom exemplar bovino.
– Dia!
– Soube que vossa senhoria está muito na mídia recentemente.
– Are! É que nós é lá das fazenda de dotô Renan. Óxente, e quem é vosmecê?
– Sou um exemplar da raça Wagyu, a carne mais cara do mundo.
– Are! Vosmecê tá muntio enganado. Vosmecê leu as úrtima nutícia ou ispiô o Jorná Nacioná urtimamente?
– Desculpe, meu simplório bovino, mas o pouco tempo que tenho para assistir a noticiários televisivos dedico-me a acompanhar a CNN.
– Pois intão vosmecê não sabe que a minha carne é a mais cara do mundo.
– Ha…ha…ha! Ingênuo típico do terceiro mundo. Minha carne custa no mercado internacional mil dólares o quilo. Cada bife , aqui no Brasil, custa em média 150 reais. Como você, um pastador da caatinga, comedor de capim e sal, vivendo em área de risco de febre afitosa pode achar que tem uma carne mais cara que a minha?
– Óxente bichim! Me diga uma coisa, seu, como é mesmo sua graça?
– Wagyu.
– Seu agiu, quanto é que seu dono lucra com sua carne?
– Em média 20 por cento.
– Pois é seu cabra, o meu lucra mais de 60 por cento, só vendendo pros açogue aqui das Alagoa. Tomô, papudo? E tem mais, nois nem precisa ser abatido não. As veiz nois é vendido pra vários açogue ao mesmo tempo. E agora, vosmecê inda acha que tem a carne mais cara?
– É, acho que vou ter que mudar meus conceitos.

Fonte: www.jornalperestroika.com/php/modules.php?nam…

Disseminação de Genética da Fêmea

•14/10/2009 • 1 Comentário

Sabe-se que um dos meios mais rápido e fácil de se disseminar a genética de um touro genéticamente melhorado é a inseminação artificial, mas e quando se tem uma vaca de alto mérito genético? Para isso tem-se a Transferencia de Embriões.

      A TE está baseada no princípio da multiplicação, de forma acelerada, da progênie (descendentes), de fêmeas (doadoras) consideradas superiores, dentro de cada criatório.

      Atualmente é a técnica mais acessível e de melhor aproveitamento de uma doadora, multiplicando seu material genético, para tal, as doadoras serão submetidas a tratamentos com hormônios, que atuarão sobre os ovários causando múltiplas ovulações (superovulação). Esses óvulos se fertilizados após as inseminações, serão coletados e avaliados uma semana após.te

      Os embriões considerados viáveis, poderão ser transferidos para outras fêmeas chamadas receptoras (transferência a fresco) ou congelados para posterior aproveitamento (serem descongelados e transferidos em outra oportunidade).

      Embriões viáveis poderão ainda ser bipartidos e transferidos a fresco. A transferência (inovulação) a fresco ou pós-descongelamento consiste na deposição do embrião no útero de receptoras previamente selecionadas.

            O valor da transferência de embriões pode ser mais bem entendido, se considerarmos que o número de descendentes que uma fêmea pode gerar durante sua vida é pequeno, em relação ao número de ovócitos que é capaz de produzir. Então a TE foi introduzida com o objetivo de aumentar a capacidade da fêmea de produzir óvulos férteis, aumentando conseqüentemente o número de descendentes (FMVZ, 2002).

      Por outro lado, do ponto de vista zootécnico, a TE é um importante instrumento para acelerar o processo de seleção animal, dado a capacidade de multiplicação de animais geneticamente superiores (Reichenbach et al., 2002), logo uma mesma doadora podem ser feitas várias coletas durante um ano, o que permite que uma doadora produza muitos bezerros por ano, sendo que, em condições normais, produziria apenas um.

Melhoramento Genético de Ovinos

•01/10/2009 • Deixe um comentário

     A criação de um Programa Nacional de Melhoramento Genético de Ovinos é uma das prioridades da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos, que se reuniu, nesta quarta-feira (1º), em Brasília. Entre as ações que poderão ser implementadas no projeto estão o controle reprodutivo e Ovinosprodutivo, avaliações de desempenho individual de reprodutores jovens, treinamentos de inspetores e técnicos, bem como a formação de um banco de DNA.

     De acordo com o presidente da Câmara, Francisco Edilson Maia da Costa, o próximo passo será buscar parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco), para que esse projeto comece ainda em 2009 e beneficie a sociedade brasileira. “Em relação à balança comercial, cerca de 30% das nossas importações de ovinos vieram do Uruguai, no último ano. No setor de caprinos, temos um consumo de subsistência, que está com a maior parte do rebanho no Nordeste, mas já estamos crescendo no Paraná e Mato Grosso”, ressaltou.

     Além do melhoramento genético, a Câmara tem como meta para 2009 a formatação de um perfil nacional da cadeia, com o objetivo de identificar os principais gargalos do setor, a capacitação técnica e a diminuição dos tributos.

Fonte: anco.cnpc.embrapa.br/noticias.php?sequencia=228

Habilidade Determinante

•28/09/2009 • 4 Comentários

Comportamentos e atitudes do ordenhador definem capacidade produtiva das vacas.

      O papel exercido pelo ordenhador permanece sendo de vital importância para o desempenho da cadeia, sendo influênciada inclusive pelo seu  vacatemperamento.

      As atitudes desses profissionais podem influir na produção a ponto de reduzir de 10 a 30% a capacidade produtiva da propriedade, o tratamento agressivo resulta em 70% mais leite residual deixado no úbere após a ordenha e menor produção de leite.

      Agora você pode se perguntar ” Mas o q isso tem a ver com Melhramento?” e eu te respondo : Lembre-se que F= G+E, ou seja, uma Vaca de alta produção só poderá expressar toda sua genética se o ambiente for favorável, neste caso que o ordenhador tenha habilidade no tratamento com o animal.

Caminhos Cruzados

•15/09/2009 • 3 Comentários

      ” A crise leva a abandonar as frescura” afirma o presidente da Associação genesBrasileira  de Inseminação Artificial (ASBIA) Lino Rodrigo Filho diante do resultado estatistico de produção, importação e comercialização de sêmem de 2008, divulgado em Março, em São Paulo.

      O relatório mostra um aumento na utilização da genética taurina pelos criadores brasileiros. A raça Nelore continua sendo a preferida dos pecuaristas.

     “O cruzamento traz vantagens ao criador, como redução do ciclo de engorda, fazendo com que o gado fique menos tempo no pasto”, lembra Rodrigues Filho.

Genoma Desvendado

•07/09/2009 • 4 Comentários

       A vaca Britânica, Dominette 01449 (foto), da raça Hereford teve  seu DNA sequenciado e publicado no dia 24 de Abril na Revista Science. 

  hereford_01    A partir do estudo descobriu-se que o bovino é composto de aproximadamente de 22 mil genes e, 80% deles são comuns aos encontrados no organismo Humano, imagine o que dirá em relação aos zebuínos.     

      “Esse tipo de análise permitirá desvendar quais pontos do DNA de um animal interferem nas características produtivas, permitindo o uso destes dados na seleção de interesse”  Pesquisador José F. Garcia – Unesp de Araçatuba que participou do processo.

      Hoje algumas aplicações já estão disponiveis no mercado, envolvendo marcadores moleculares e exames de DNA, contribuindo para aperfeiçoar o melhoramento de atributos de difícil mensuração com destaque  à qualidade da carne e resistência a parasitas, sempre ressaltando a importancia da integração entre produtor, frigorifico e varejo, para que não seja disperdiçada uma excelente tecnologia como essa.

 

•04/09/2009 • Deixe um comentário

Elementos de genética

Welcome

•04/09/2009 • 1 Comentário

Bem vindos ao Blog sobre melhoramento genético, entrem e fiquem à vontade